A Jornada até O caminho

Certa vez me perguntaram se eu acreditava em Deus, eu disse que sim, mas depois fui embora pensando no porquê respondi aquilo, afinal, nunca tinha parado para pensar direito. Então parei e pensei. Vejamos minha resposta: “Eu não acredito em Deus”. Calma, não se choque com este meu posicionamento, sei que possivelmente você, meu caro leitor, afirma acreditar em Deus. Digo isto porque nunca me esqueço de um dado que vi em um site uma vez: “2,18 bilhões de pessoas dizem professar a fé cristã”, sendo que atualmente a população mundial atingiu a marca de 8 bilhões de pessoas, é um número muito elevado, concorda? E se os 2,18 bilhões se Sem contar as outras pessoas que, mesmo não professando essa fé, ou fé nenhuma, acreditam em Deus mesmo assim. Entretanto, se você não acredita nesse “ser superior”, assim como eu naquela época da minha vida, encorajo-o ainda mais a continuar esta leitura, creio que poderá te fazer olhar tudo isso com outros olhos.

Decidi então escrever sobre isto, é uma boa questão a ser levantada, você não acha? Afinal, parece um grande conto de fadas acreditar que existe um ser inteligente e poderoso que decidiu criar criaturas como nós, e além de criar, as amar. Honestamente, não tem mais nenhuma criança aqui. Como que eu vou acreditar que o homem surgiu do pó da terra? Que surgiu do “juntem-se as águas debaixo do céu num só lugar, para que apareça uma parte seca, e assim chamou de terra?” Que surgiu de um simples comando de um ser, que não surgiu, mas que sempre existiu? Como acreditar que muitos animais

ficaram presos, juntamente com humanos, em um grande barco? Como acreditar que o esperado Messias foi fruto de uma gravidez diferenciada? “A virgem engravidou”. Isso vai

contra tudo que aprendemos ao longo da vida. Isso não faz o menor sentido.

Agora, a grande pergunta é: como que tanta gente acredita nessa história contada para a humanidade por tanto tempo? Poderia responder dizendo que é uma tradição na sociedade, mas eu creio que as pessoas são mais inteligentes do que isso. Acreditar em algo porque é tradição me parece um tanto quanto irracional e, no mínimo, incoerente. Poderia também dizer que foi fruto de uma mentira bem contada, que apalpa o ser humano e traz algum tipo de consolo, mas também não acredito nisso, é pequeno demais. Então, o que me resta é pensar que nós seres humanos temos a necessidade de tentarmos entender de onde viemos e o porquê viemos. E se para alguns é mais fácil entender por meio da espiritualidade e não da ciência, tudo bem. Mas, consequentemente, eu pensei na ciência. Se eu não acredito que tudo surgiu do ser que chamamos de Deus, minha outra opção é acreditar, como os grandes pensadores e estudiosos nos explicam, através de comprovações e estudos científicos, certo? Ora, não foi bem assim.

Na época do colégio, gostava muito de conteúdos como biologia e física, apesar de não ter tanta facilidade como tinha, por exemplo, em história. Sempre gostei de estudar e me interessava pelas leis da física, da natureza, e tantas outras, entretanto, mesmo nos meus estudos amadores, eu nunca foquei muito em “como surgiu o mundo”, ou então, “como eu surgi”, sempre achei que era um assunto vasto demais e tinha certo receio de mergulhar em águas tão profundas e cheias de teses das quais a grande maioria não passavam disso, teses. Sempre gostei do concreto, do comprovado. Entretanto, já que tinha deixado de lado o Criacionismo, tive que começar a estudar o básico sobre este tema, e dessa forma percebi que o básico parece uma grande história contada só para amenizar o fato de que a grande realidade é que não sabemos de nada — eu mergulhei

no oceano profundo e me afoguei em inúmeras teses. Milhares de galáxias, de planetas, de estrelas. É meio difícil acreditar que, dentre tudo isso, alguns asteroides se bateram

e caíram aqui, e que totalmente ao acaso surgiu uma possibilidade de vida, e essa vida foi evoluindo até que se tornou possível a existência de seres inteligentes, como nós.

Apesar de fazer algum sentido, ainda assim, me parece tão vago de explicações quanto a primeira opção. Mas esta não traz nenhum tipo de consolo. Mencionei um pouco sobre o famigerado “Big Bang”, o evolucionismo e também o criacionismo. Caso você não saiba ou então não se recorde sobre o que essas teorias dizem, colocarei uma breve explicação para melhor compreensão. A teoria do Big Bang diz que o universo surgiu por meio da explosão de uma partícula única, átomo primordial, e ocasionou o cataclismo cósmico (catástrofe ambiental de grandes proporções). Por isso, apesar do termo “Big Bang” fazer com que pensemos em uma explosão, não é exatamente sobre isso que a teoria nos informa, e sim sobre uma expansão de uma partícula minúscula para o atualmente chamado Universo. A teoria da evolução tratou apenas do famigerado “o mais forte sobrevive”. Enquanto o criacionismo sempre existiu. A ideia de que há um grande Ser Supremo extremamente poderoso que está por trás de toda a criação está presente na sociedade desde que seres pensantes vivem na terra, então, em que acreditar?

Bom, achar que tudo isso que chamamos de vida é simplesmente fruto do acaso não entra em minha mente. Você já parou para pensar em como o universo é muito bem arquitetado? Rememoro uma citação que o brilhante astrônomo britânico James Jeans fez ao falar do universo: “O universo parece ter sido desenhado por um matemático puro”. Concordo com esta citação. É tudo perfeitamente perfeito. Então, fiz algumas pesquisas para instigar você a pensar em como seria extremamente difícil tudo isso ser fruto do mero acaso:

• A inclinação da Terra tem um ângulo de 23 graus e, assim, produz as estações: primavera, verão, outono e inverno;

• Se a crosta terrestre fosse somente três metros mais grossa, não haveria oxigênio, ou seja, não existiria vida;

• A Lua está a aproximadamente 380 mil quilômetros de distância da Terra, se isso fosse diferente, as marés seriam tão enormes que não existiria terra, somente água;

• E como você acha que todos os planetas conseguem girar ao redor do sol em perfeita sincronia sem nunca saírem do eixo?

Ora, nem mesmo possuindo toda a sorte do mundo, tudo seria tão perfeito. Além de estudar alguns dados científicos para trazer mais indagação aos meus argumentos, estudei também o que algumas histórias da Bíblia dizem a respeito do universo. O livro de Jó, por exemplo, nos instiga a pensar na perfeição da gerência de Deus sobre o  universo:

A isto, ó Jó, inclina os teus ouvidos, para,

e considera as maravilhas de Deus.

Porventura sabes tu como Deus as opera, e faz

resplandecer a luz da sua nuvem?

Tens tu notícia do equilíbrio das grossas nuvens e das

maravilhas daquele que é perfeito nos conhecimentos?

Ou de como as tuas roupas aquecem, quando do sul

há calma sobre a terra?

Ou estendeste com ele os céus, que estão firmes

como espelho fundido?

» Jó 37:14-18