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Pés Descalços | 3° Edição

ISBN:

9786598647612

Páginas:

232

Páginas:

Ficção Cristã

Gênero:

Romance

Motivos para comprar e ler: 

Streaming, redes sociais, jogos, estamos presos a um mundo tão tecnológico que esquecemos o que realmente importa nessa vida? Descalce-se através deste romance e volte a respirar novamente.

Leonardo, com os seus botões da camisa polo, nos leva por uma jornada através das suas conclusões e pensamentos sobre a vida. Ele saiu do interior para estudar na capital, e lá não encontrou apenas grandes filósofos em leituras infindas, como também o verdadeiro e desejado amor.


Naquela cidade, de grandes luzes e enormes prédios, encontra uma família que necessita descalçar-se de toda a tecnologia, orgulho, tristezas e desesperanças que tiram a alegria de viver, para recomeçar.


Entre esses encontros e desencontros, durante o caos alegre que toda uma geração gritou aos quatro cantos, o momento mais recente que marcará a nossa história, quando todos foram para a rua descalços do que os separavam e se uniram em uma mesma causa por mudanças numa sociedade corrupta e egoísta, Leonardo vai gritando junto, e muito mais do que isso, ele vai falando sobre fé, esperança, música e amor.


O gigante acordou, o amor despertou!

Sinopse:

Pés Descalços | 3° Edição
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Experimente:

Aquele grande relógio mostrava as horas como se fosse um pisca-pisca reluzente. Os ponteiros em numerais romanos diziam que era a hora de partir. Peguei minhas malas e levei-as até o ônibus. Apresentei a minha passagem de embarque e sentei numa poltrona do lado direito, quase no fundo. O ônibus estava quase vazio, porque lá naquela cidade pequena não havia tantos passageiros, mas depois de muitas paradas, ficou lotado antes de chegar à capital. Quando embarquei naquele dia, ainda não sabia direito o que iria encontrar. O que eu tinha era vontade de conhecer coisas novas, de poder ajudar os outros no meu caminho e de recomeçar. Eu precisava esquecer algumas coisas do que havia deixado para trás. Levava em minha mala poucas roupas para o inverno que estava por vir, alguns livros, mas com certeza, todos aqueles que amo.

Enquanto aquele ônibus acelerava pela rodovia, fui olhando pela janela. No início, eram só árvores que via, grandes fazendas e, uma vez ou outra, alguma pequena vila. Até começarem as grandes fábricas e as estradas iam aumentando de tamanho, com muitas pistas e um grande movimento. Muita gente em todos os lugares. Comecei a sentir-me sufocado. De repente, olhei para cima e avistei um avião muito grande. Eu nunca havia visto um tão de perto assim. Depois de dez horas que aquela viagem tinha começado, estava perto do meu destino finalmente.

O mais estranho de nós, seres humanos, é que passamos a vida toda querendo realizar alguns sonhos e quando finalmente conseguimos, temos muito medo de vivê-los. A vontade que dá é de se trancar num quarto, quase como acontece numa tempestade cheia de raios, trovões e vento, até ela passar. Mas, como nada é por acaso, temos que viver e aprender para entender o real motivo do que viemos fazer aqui.

Senti um alívio quando cheguei. Desci do ônibus e a partir daquele dia tudo foi diferente. Sabe quando a gente não entende o porquê está em um determinado lugar e tempo? Nos perguntamos o que fizemos ou o que temos de especial para poder dar um abraço de paz ou segurar as mãos de alguém bem forte? Existem pessoas especiais, bem, na verdade, todas são especiais, mas algumas, de certa forma, parecem que são verdadeiros anjos aqui. Você nunca encontrou alguém assim? Ou se sentiu por algumas vezes como um? Bem, eu me senti assim e sei que um dos maiores dons que temos é compartilhar o melhor que tivermos, sem nos apegarmos ou esperar algo em troca. Assim, as coisas boas andarão ao nosso lado.

Minha mãe me ensinou a atar o cadarço dos meus calçados, mas tive que aprender sozinho a descalçar os pés. Descalçar de tudo aquilo que é passageiro, que é sem sentimento, que é vaidade. Deixei pra trás muitas coisas e aprendi a viver sem elas, aprendi a guardar um espaço pequeno pra elas e percebi que a vida é muito melhor com as coisas mais simples que existem.

Entretanto, nunca acreditei em destino. Para mim, ele não existe ainda. Nós é que o fazemos, aliás, cada um faz o seu, e eu, bem, acredito que Deus tem uma folha em branco e uma caneta e enquanto Ele vai escrevendo, tudo vai acontecendo. E foi enquanto acontecia que encontrei no meu caminho a Ana, a Julia e o Bernardo. Eu não os conhecia. Na verdade, quando saí do interior, só sabia que uma família ia me receber.

Um dia antes da minha chegada, o único sentimento que Ana tinha era a profunda tristeza da saudade do que foi perdido, o sentimento sombrio igual a um dia de chuva, aliás, estava chovendo naquele dia quando tudo acabou. Sim, acabou, e finais não são fáceis de digerir. Quando a vida nos tira algo, pensamos o porquê, questionamos, nos decepcionamos e choramos. Então, temos duas escolhas: continuar perdendo a vida ou viver com mais intensidade ainda.

Percebi que a vida é muito melhor com as coisas mais simples que existem.

Aprendi isto de uma forma dolorosa, mas sei que as dificuldades vêm para nos tornar mais fortes, vencermos os novos desafios e não termos medo, mas sim coragem pra viver e vencer, e sei que também sofremos para poder ajudar aos outros.

Bem, mas é claro que todo o final, assim como o da história de Ana, tem um começo. E esse — o começo — ela me contou enquanto tomávamos uma xícara de café, estava chovendo muito, e eu louco por algo que me aquecesse.

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